Nova Brasil FM

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Reforma da Igreja São Francisco de Assis

Fundada em 1902, quando Arembepe, ainda era uma pequena Vila de pescadores e mantida por donativos resultantes da produção pesqueira. A tradicional Igreja de São Francisco de Assis, padroeiro de Arembepe, local onde se encerra o cortejo das baianas e ponto de partida para abertura oficial, de uma das micaretas mais famosas da Bahia. A “Lavagem de Arembepe” está passando por mais uma intervenção.

A centenária Igreja vem passando por mais uma reforma estrutural, devido à ação do tempo. Onde foram identificadas algumas rachaduras, vazamentos entre outras chegando até ser condenada de desabamento por um órgão governamental. Essa é a terceira reforma que o templo é submetido.

A última foi realizada em 1992, quando houve a ampliação da Capela, sob a orientação do Padre Edmundo. Estão sendo modificadas, a varanda lateral, o telhado, além de toda parte elétrica e hidráulica, e tendo como acompanhamento técnico o Eng. Civil Vlademir Bordoni.

Mediante o fato, uma grande mobilização denominada “Livro de Ouro” vem sem introduzida na comunidade pela Comissão responsável que conduzem com muita seriedade a Igreja. E claro, os devotos e os católicos freqüentantes.

A colaboração e envolvimento maciço da comunidade e dos comerciantes locais, além da promoção de eventos realizados durante o ano, pela comissão, inclusive o ARRASTÃO BENEFICENTE DE SÃO JOÃO, previsto para o próximo dia 23 /06, estão sendo as únicas fontes de recursos para tal acontecimento. Uma vez, que não conta com nenhum apoio institucional, para retomar junto com a comunidade suas atividades eclesiásticas. Parabéns! A comissão responsável (As senhoras Carlinda, Lindinalva e D’ ajuda, além dos senhores Romeu, Cosme, Genivaldo, Valter e Lúcio) e ao Padre Luis Orlando por essa importante iniciativa e a comunidade como um todo!

Recorte Histórico:

1902: Primeira construção de pau-a-pique e cobertura de palha pelos pescadores;
1935: A Capela passa a ser de tijolo e telha pelo Sr. Damião Renovato Tavares (Gouveia);
1992: Ampliação da Capela sob a orientação, do padre Edmundo.

A Comunidade São Francisco de Assis de Arembepe surgiu a partir do desejo dos pescadores que viviam na Aldeia, em construir uma Capela em homenagem as graças na pesca a São Francisco de Assis, tendo finalizado essa construção em 20 de fevereiro de 1902. Onde ficou determinado que a cada dia 20 deste mês, a comunidade faria 03 dias em louvor ao padroeiro. Também rezavam os 30 dias do mês de Maria e a trezena de Santo Antônio. Depois passaram a homenagear Nossa Senhora do Parto.
Atualmente, a Igreja realiza suas festividades separadamente da profana atendendo a uma determinação religiosa.
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Muvuca Viagens






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A Orla x Transporte


Na noite de 09/06 às 19:00h, foi realizada no Barracão Comunitário de Arembepe na Praça dos Coqueiros, a primeira de um ciclo de reuniões para tratar da questão do Subsistema de Transporte Complementar Alternativo, já que a insatisfação é generalizada. As “Topics” como são chamadas pela população substituíram em sua totalidade a empresa Costa dos Coqueiros, que exploravam as linhas Camaçari x Arembepe, Camaçari x B. Jacuípe e Camaçari x B. Pojuca, e começaram a operar desde o dia 01 deste. Estiveram presentes representantes de diversas instituições comunitárias como: AMOVORC, CECODESFA, SOS Rio Capivara, Coqueiro Solidário, Fábio Lima representando os estudantes, além dos representantes das cooperativas Cooperunião e Transrodotur, que ouviram atentamente as, propostas, críticas e sugestões ao novo sistema. Infelizmente, a Superintendência de Trânsito e Transporte - STT, não enviou nenhum preposto para acompanhar o encontro, mas justificou a ausência.

Na pauta do novo sistema, antigos problemas. Como: desrespeito aos idosos, estudantes e aos passes em geral, desconforto, cobranças indevidas de volumes aos usuários, lotação acima da capacidade, embora os intervalos sejam programados a cada 10 min. em horários de pico ainda há muito desconforto. O diretor de operações das vans prometeu oferecer uma rápida adaptação às necessidades da população, na busca de melhorar a qualidade na prestação do serviço.

A intenção é também promover essa discussão, nas outras comunidades da Orla, que também operam com esse sistema. O próximo encontro ficou agendado para o dia 17/06, no mesmo local e horário, desta vez, com a participação da STT. Onde serão apresentados os reais motivos da interrupção dos serviços da empresa Costa dos Coqueiros.
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segunda-feira, 8 de junho de 2009

O fim de um dilema: " A Garganta do Diabo"

Após várias rodadas de encontros, propostas, discussões, críticas e controvérsias, entre poder público, comunidade e comerciantes. Finalmente para a tristeza de alguns e alegria de outros, neste verão 2008-09, terminou a polêmica sobre a famosa e temida “Garganta do Diabo” (Localizado na entrada de Arembepe, entre as principais Praças Coqueiros e Amendoeiras, onde se concentravam diversas pessoas em sua maioria adolescentes, com carros de sons, numa verdadeira competição de danças, volume de sons, regados de muitos ritmos, azaração e cerveja). Foi assim denominada porque entre ambas as Praças existe um pequeno trajeto que é um gargalo. Era tão famosa que tem até comunidade no Orkut, com vários adeptos e defensores do espaço.
Para muitos a imagem impedia, afastava e restringia o acesso dos visitantes, veranistas, transeuntes, e os turistas aos restaurantes situados naquela localidade e claro, desagradavam alguns moradores que por diversos motivos, não conseguia conciliar suas atividades cotidianas em meio aos frequentes eventos. Para os comerciantes, o volume de vendas, certamente seria afetado, devido a esse impedimento.
Na verdade, o local realmente não era propício a tais eventos. Era muito comum surgirem conflitos, algazarra, tumultos, mas Arembepe, não oferece muitas opções de lazer, nem espaços destinados a esta finalidade típica de regiões litorâneas e turísticas de acordo com as tradições baianas, que é de muitas Micaretas e Festas de Largo como são conhecidos os festejos baianos ao longo do ano.
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SOS Rio Capivara


No último dia 04 (quinta-feira), véspera do Dia Internacional do Meio Ambiente, a ONG ambientalista SOS Rio Capivara, sediada em Arembepe, durante a sessão na Câmara Municipal de Camaçari, fez uma apresentação em forma de denúncia demonstrando: ausência, insuficiência, descaso ou, ainda, permissão de construções sem licença ambiental em uma Área de Preservação Ambiental – APA Rio Capivara.
Os slides deixaram atônitos a platéia que assistiram com muita atenção a todos os detalhes. Um verdadeiro crime ambiental contra o ecossistema de restingas e vegetação nativa, assim definiu o grupo de ambientalista que ficaram perplexos ao chegarem ao local.
Segundo os ambientalistas “foram encontrados desmatamento e assoreamento do rio”. Onde o cenário era o seguinte: O verde e as águas do Rio Capivara em contraste com as ocupações irregulares, em meio a materiais de construção, imóveis inacabados, em construção, sem nehuma infra-estrutura, típicas de áreas recém loteadas. É preciso ter mais responsabilidade, consciência e respeito com o meio ambiente, principalmente em APAs, com os novos loteamentos ao longo do rio. É dever do poder público intensificar a fiscalização. Iremos identificar os responsáveis por essa arbitrariedade saber se realmente essa área foi comercializada, clandestina (invasão), ou doada por algum político ação corriqueira no Município. “Seja quem for os culpados serão punidos.”
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Do Feudalismo ao abismo

A origem das relações do homem com o meio ambiente remotam o século XI, num regime socioeconômico caracterizado pela distribuição da terra, em um sistema baseado na economia de subsistência, onde o homem era um indivíduo bucólico, retirando para si a parcela necessária para sua sobrevivência.

O comércio tinha pouca importância, pois as comunidades viviam isoladas nos feudos, tendo, portanto auto-suficiência econômica. Com a crise deste sistema devido à exaustiva exploração da terra reduzindo a produção e provocando altas nos preços dos produtos, tornando-se quase impossível para a população o acesso à alimentação até mesmo em regime de escambo, bem como a proliferação de doenças e da Peste Negra que dizimou plantações e pessoas, fizeram os sobreviventes buscarem alternativas de trabalho em outras regiões. Estas migrações deram origem às cidades e as feiras onde outrora, eram comercializados o excedente produtivo já com moedas metálicas suas mercadorias. O desenvolvimento do comércio propiciou o acúmulo de capitais. Com o aumento da circulação de moedas, a riqueza passou a ser medida pela quantidade de dinheiro, os preços subiram e o custo de vida também.

O capitalismo, sistema baseado no lucro, substituiu o feudalismo, surgindo grandes fortunas. Cessaram as permutas, consolidando as relações comerciais pelas compras pagas em moedas metálicas. A colonização, proporcionada no período das grandes navegações, o crescimento populacional, as invenções mecânicas na indústria e a expansão do mercado consumidor foram fatores relevantes que permitiram o aparecimento deste novo sistema, tornando-se a base da Revolução Industrial.

Foi a partir da primeira Revolução Industrial e de fatores como a explosão demográfica, a abertura do comércio internacional, a concentração urbana e a frenética corrida pelo desenvolvimento a qualquer custo entre as nações hoje industrializadas, que passamos a degradar o ambiente em que vivemos, constituindo um problema para a humanidade. Isso não pelo fato da indústria ser a principal atividade responsável pelo lançamento de poluentes no meio ambiente, mas porque a Revolução Industrial representou a consolidação e mundialização do capitalismo, sistema sócio-econômico dominante no planeta.

O crescimento demográfico, em alguns países estão forçando o aumento da capacidade na produção de alimentos, os solos cada vez mais exaustos e comprometidos com a utilização da agricultura mecanizada, fertilizantes, e a escassez da água hoje também já sinaliza ser um outro agravante. Em detrimento disso, vivemos na sociedade do desperdício, onde boa parte do que produzimos, principalmente os alimentos, vão parar no lixo. A comunicação em massa com as fortes estratégias mercadológicas de tecnologia e inovação, nos seduz a consumir novos modelos de produtos com qualidade superior aos recém lançados, e disponibilizados quase todos os dias no mercado consumidor, determinando a redução da vida útil dos produtos. As multinacionais operam com tecnologia de ponta (robótica, informática e automação) as quais substituem parte considerável de mão-de-obra, com isso o desemprego cresce, com ele caminham a fome, a miséria e a violência dos que não compartilham deste processo.

O aquecimento global e o aumento do buraco na camada de ozônio, hoje é um lamentável fato. E isso põe em risco toda cadeia produtiva, talvez até sem possibilidade de reversão mesmo que parcial, ameaçando toda espécie viva do planeta. Nossa sobrevivência depende dos recursos naturais renováveis ou não. Há um iminente crescimento econômico em alguns países periféricos na busca da melhoria da qualidade de vida de suas populações, sendo que a principal fonte para esse desenvolvimento é a energia que normalmente vêm das vastas reservas de carvão mineral e do petróleo, principais vilões do aumento da camada de ozônio e do aquecimento global.

O novo relatório da ONU já não deixa dúvidas quanto ao impacto catastrófico causados, principalmente pela atividade humana: (queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, produtos derivados do petróleo, carvão mineral, emissão de clorofluorcarbonetos (CFC) e a descarga na atmosfera de gás carbônico (CO2) sobre o clima). E não as causas naturais como especulavam os comprometidos com a produção industrial. O recente relatório do Painel Intergorvernamental das Alterações Climáticas – IPCC, publicado em Paris no ano 2007, dentre outras conseqüências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis veio confirmar a e chamar atenção da humanidade para o aquecimento global.

Contudo, o atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios, se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surgiu a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, o fim da pobreza no mundo. A constante utilização da energia produzida e o dispendioso consumo dos combustíveis fósseis vêm lançando no ar abundantes partículas nocivas ao ambiente natural aquecendo o planeta resultando em determinantes transformações econômicas, sociais, tecnológicas e infelizmente ambientais, que vêm ocorrendo desde a Primeira Revolução Industrial.
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Os 4 Ps do Marketing de Relacionamento

Em comemoração ao Dia dos Namorados, resolvi desenvolver uma correlação entre o Marketing mercadológico, formado pelo conjunto de variáveis que influenciam como os consumidores reagem ao mercado e os Relacionamentos amorosos modernos.

Produto
No mix ou composto de marketing suas peculiaridades são essenciais para sua permanência no mercado de relacionamento. Os produtos, assim como as pessoas são dotadas de características próprias, nesta interação entre pessoas, onde as variáveis externas podem contribuir para o sucesso ou fracasso no mercado. A boa imagem torna-se imprescindível para serem "comprados" levando em consideração tipos de vestuário, cosméticos em geral, uma série de combinações de acordo com seu perfil, etnia, religião, classe social entre outros. Sempre atendendo aos pré-requisitos e, o gosto do cliente. Poderíamos afirmar que às pessoas que se preocupam com sua aparência estética, estão mais propícias a serem cobiçadas, atingindo seu público-alvo com maior rapidez. Neste contexto, o que vai determinar essa solidez, no caso dos produtos será a qualidade, já entre as pessoas o comportamento entre os parceiros, bem como suas atitudes durante a relação.

Preço
Os produtos como as pessoas, precisam se autovender. Atualmente os relacionamentos amorosos, não costumam serem duradouros. Os pequenos ciclos de relacionamentos vêm contrariando aos tradicionais. Neste contexto, a filosofia a ser empregada ganha outra conotação "que seja eterna enquanto dure" ou "seja intenso o suficiente para viver grandes emoções". Mesmo porque a dinâmica dos relacionamentos amorosos modernos não permitem mais espaços para frustrações e ressentimentos o que prevalece é o "ficar" em outros termos a "a fila anda" terminou? Outro, para preencher a lacuna.

Praça
Segundo os especialistas da área, nenhum produto pode ser desejado se não for visto. Logo, também as pessoas para serem desejadas devem freqüentar constantemente locais visíveis, para se apresentarem aos seus prováveis "compradores" sua vitrine, realizando seu merchandising. Então, freqüentar os potenciais lugares que mais atraem os nichos de mercado em concentrações sociais e eventos como: carnaval, clubes, praças, igrejas. E agora, também marcado pela nova tendência, as relações virtuais, através de sites de relacionamentos com "encontros" numa vida paralela. Todos esses ambientes irão ajudá-lo e, servirão de mercados convenientes, na busca dos futuros parceiros, basta identificarem-se com algum deles e a sorte está lançada!

Promoção
A comunicação é o momento da sedução que visa motivar o cliente a comprar o serviço ou produto. Ela precisa ser clara e objetiva para informar os principais pontos e dar oportunidade para que o consumidor fantasie a oferta, sentindo-se envolvido, persuadido e comprometido com a compra. As técnicas de propaganda feita de forma verbal entre as pessoas, vão descrevendo o comportamento de um indivíduo, passando de uma pessoa para outra disseminando a notícia. Em tempo de violência generalizada, a propaganda feita por meio de boca-a-boca ganham cada vez mais credibilidade e confiança, tornando-se uma fonte referencial para uma nova conquista ou envolvimento.

Lembre-se: Relacionamentos são como produtos, têm prazo de validade, características e requer acima de tudo a satisfação por parte do cliente. Ex. Quando adquirimos um produto, no Supermercado, supõe-se que sabemos o que estamos levando para casa. Então, a escolha deve ter critérios e avaliações. Para não termos a dissonância cognitiva, gerando consequentemente a insatisfação na compra.
 
 
 
 
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Arembepe Reflexos e Perspectivas

Tendo em vista o mega projeto que a atual gestão municipal pretende implantar em Arembepe, visando à melhoria estrutural, tida como medida indutora do desenvolvimento econômico, turístico e social para esta comunidade e entorno. Na condição de cidadão, morador e nativo desta comunidade, além de ser membro de uma importante Associação como a CECODESFA, gostaria de apresentar minha visão profissional a comunidade, que tenho muito amor e orgulho. Sinto-me privilegiado em residir em uma localidade que dispõe de um amplo número de instituições artístico-culturais, comunitárias e belezas naturais peculiar para o lazer. Por ser sempre eixo central das manifestações político - partidária. Venho externar e compartilhar essa discussão a cerca deste tema mediante a intervenção do poder público, ansiosamente aguardada por nossa comunidade.

Atualmente, a Região Costa dos Coqueiros, vem despertando o interesse do empresariado, por se destacar perante as outras Zonas Turísticas da Bahia recebendo os maiores investimentos públicos e privados obtendo uma ordem de recursos bem superior as demais. Esse atraente cenário empresarial representa uma imensa oportunidade de negócios com a implantação de novos complexos hoteleiros, empreendimentos condominiais e turísticos. Porém devemos atentar para a forte especulação imobiliária que deverá se abater sobre nós residentes nativos. Como ameça também virão empreendimentos mais luxuosos e requintados, se sobrepondo aos tradicionais na busca dessa nova demanda mercadológica.

Sabemos que toda transformação causam impactos de toda ordem, sobretudo ambientais, sociais e, principalmente culturais. É preciso advertir aos nossos gestores que pretendem elevar o conceito estrutural local, que nossa comunidade apresenta um público mesclado e não segmentado como já se consolidou em Pólos Turísticos como Praia do Forte e Porto Seguro.

Tornando-se, necessário a elaboração de políticas públicas capaz de qualificar a população local para essa mudança, bem como para atender a demanda dessas organizações que certamente irão precisar de pessoas capacitadas para realizar suas atividades. Tomando como referência, o Pólo Industrial de Camaçari que durante a sua implantação na década de 1970, captou mão - de - obra externa para a sua operacionalização. Outra vez, a história tende a repetir com a indústria do turismo se medidas preventivas não forem tomadas, devemos atentar também para o impacto ambiental e social que essas organizações podem causar no entorno dessas localidades com o desmatamento, o assoreamento dos rios e lagos, a fauna e todo ecossistema que a região dispõe, pois onde há desenvolvimento há alterações no meio natural. As melhorias nos serviços essenciais, como educação, saúde e segurança pública, a promoção de cursos de capacitação nas áreas de idiomas, a valorização da mão - de - obra local bem como a adoção do IDH como indicador social, serão imprescindíveis para este momento, monitorando a evolução de desenvolvimento pretendido pelo Município no segmento turístico, de forma equilibrada, promovendo a inclusão social.

Portanto, faz-se necessário haver um rápido entendimento com a comunidade, sobretudo com os micros e pequenos empresários, assim como a imediata reativação e fortalecimento da Associação de Comerciantes de Arembepe, pois o comércio local encontra-se sem muito incentivo para modernizar suas estruturas operacionais de serviços, que precisam contar com o apoio da Prefeitura Municipal intermediando linhas de crédito junto às agências de fomento regional, facilitando e oportunizando esse acesso aos mesmos. Aí, padronizando e adequando os ambulantes e todo mercado informal.

É claro, que se torna emergente o aprimoramento de nossa infra-estrutura e da sensibilização e qualificação dos agentes envolvidos, para que a partir deste momento possibilitemos a inserção e evolução desse novo conceito turístico a ser implantado, disponibilizando consultores de instituições com o SENAC – Serviço Nacional do Comércio, SEBRAE – Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas, SUINVEST – Superintendência de Investimentos em Pólos Turísticos, FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, IEL - Instituto Euvaldo Lodi, CAR – Programa de Desenvolvimento de Ação Regional, PDRS – Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável, SEPLANTEC – Secretaria de Planejamento Ciência e Tecnologia, além das agências de fomento como: BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNB – Banco do Nordeste do Brasil DESEMBAHIA – Agência de Fomento do Estado da Bahia, e a FINEP- Financiadora de Estudos e Projetos (Ministério de Ciência e Tecnologia), além da CEPED – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. Onde essas e muitas outras instituições, serão importantes para viabilizar ações desenvolvimentistas de investimentos, reduzindo as desigualdades sócio-econômicas existentes, oportunizando novas fontes de recursos através do turismo, estimulando o crescimento e gerando novos postos de trabalho para nossa região.

Precisamos sanar as necessidades elementares de Arembepe como: o esgotamento sanitário, o melhoramento no abastecimento de água, a implantação de caixa eletrônico 24h, o fortalecimento das entidades culturais, espaço destinado à comercialização de artesanatos, reordenamento do terminal de ônibus e extensão de novos horários, sinalização e identificação de ruas e praças, Centro de Atendimento ao Turista, formação de agentes turísticos, cursos gratuitos de idiomas, biblioteca comunitária informatizada para inclusão sócio – digital, construção de banheiros nas praias, construção do cais, apoio à colônia e pescadores, reativação da infra-estrutura de pesca, padronização das baianas de acarajé, das barracas de praia, controle e organização dos ambulantes, vigilância e controle sanitário mais rigorosos principalmente em ocupações ao longo dos rios e lagos e finalmente a regularização fundiária.

Pois, o momento é bem oportuno para que possamos nortear os esforços neste sentido, aproveitando o alinhamento das políticas públicas, ao tempo que dispomos de um contexto bastante favorável, com as três esferas governamentais de mesmo cunho político-partidário, mesmo em tempo de crise e recessão econômica. Enfim, independente de visão ideológica ou político- partidária o que está acima de tudo é o bem – estar da população, para isso as parcerias ainda continuam sendo a melhor opção para viabilizar ações em todos os sentidos.
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Camaçari: Historicamente desigual entre si

Nosso país infelizmente, é marcado dentre outros problemas pelas desigualdades regionais, resultante de um histórico processo migratório, marcado pela transferência da Coroa Portuguesa da cidade do salvador, então, capital do país, para a cidade do Rio de Janeiro e pelos sucessivos ciclos econômicos. Apesar de habitar o mesmo território, ser o mesmo povo e a mesma nação, padecemos de disparidades internas. Fomos os pioneiros na ocupação pelos nossos colonizadores portugueses, mas, a transferência para a Região Sul foi tida como estratégica do ponto de vista econômico e social pela Família Real.

Esse fato histórico assemelha-se muito com nossa cidade. Curiosamente, também por questões econômicas, migramos do berço da civilização camaçariense, ainda, no século XV iniciada na Aldeia do Divino Espírito Santo, atual Distrito de Vila de Abrantes; Tivemos uma rápida transição intitulada de município Montenegro e, finalmente nós fixamos onde é hoje. Aos poucos fomos crescendo, nos estruturando até nós tornar-mos a famosa cidade de Camaçari (Sede). Se distanciando da Orla, que aqui vou denominá-la como a "outra Camaçari". Localizada geograficamente a leste, banhada pelo oceano atlântico com 42 km de extensão, composta por dispersas comunidades litorâneas e rurais, caracterizada pelas suas belezas naturais "separadas" por pouco mais de 20 km do centro.

Mas, percorrendo esse trajeto, temos a sensação de estar realmente em outra cidade, devido a vários fatores como: o intenso fluxo de veículos, de transporte de cargas, de pessoas, grandes edificações, centro comercial e financeiro etc. características de centro urbano, além do estilo de vida e hábitos, que nos diferenciam dos nossos conterrâneos Camaçarienses.

No entanto, esse espaço não se encontra igualmente compartilhado, pois, é muito comum entre os habitantes que procuram emprego e residem na "outra Camaçari", sofrerem restrições quanto ao seu endereço, pois, as empresas geralmente, instaladas em Camaçari, proporcionam mais oportunidades à força de trabalho localizadas na Sede. Dessa forma, os profissionais da "outra Camaçari" ficam prejudicados. As tarifas de transporte coletivo são diferenciadas e quando tomamos um ônibus em qualquer parte da Orla, está estampado: CAMAÇARI, até parece que estamos em outra cidade realmente, "não é verdade?"

Isso fica muito evidente pela concentração dos equipamentos públicos modernos, pela oferta de serviços, eventos, escolas, cursos de capacitação, teatros enfim, tornamo-nos uma cidade-colônia. Somos basicamente lembrados pelo entretenimento, pelas tradicionais Lavagens, durante o pleito eleitoral ou ainda pela cobrança de impostos. Óbvio, que a cidade de Camaçari, como quaisquer outras cidades também têm suas mazelas, mas possuem maior atenção das autoridades.

Talvez, pela densidade populacional e, consequentemente do número de eleitores. Embora, recentemente tenhamos presenciado algumas intervenções de melhoria do poder público a "outra Camaçari", ainda, carece de ações mais efetivas e representativas.

Camaçari vive o bom da indústria de transformação, e abriga o maior complexo industrial do Hemisfério Sul, enquanto a "outra Camaçari" sobrevive do setor primário, do comércio e da expectativa do turismo. Até pela atividade econômica somos diferentes. Na comunicação o sinal inexiste, a troca de informação entre ambas é quase nula, ao menos somos contemplados com o canal fechado que oferece uma farta programação e, até a TV Câmara, um importante instrumento de comunicação dos atos do poder legislativo que representa os interesses da coletividade, não podemos acompanhar. Aliás, somos praticamente privados dos serviços e das utilidades públicas disponibilizadas por Camaçari, vivemos da utopia Camaçariense.

Contudo, faz-se necessário minimizar o paradoxo existente entre a Sede X Orla do Município, abolir com essa disparidade, ser mais amparados e estruturados com o melhoramento do sistema de transporte, comunicação, saúde, educação e segurança, diversificando a atividade econômica da "outra Camaçari", com o desafio de conciliação entre preservação do meio ambiente e crescimento econômico sustentável. Proporcionando condições de inserção socioeconômica compatível com nossa vocação econômica e dos recursos naturais disponíveis, pois, mesmo com a descentralização da extinta Secretaria de Integração da Orla - SEORLA, que teoricamente tinha como objetivo acompanhar e minimizar os problemas existentes, não foi suficiente para essa finalidade.

Em suma, sem desmerecer o OP, devemos incentivar a participação das Associações de Moradores que compõem a Orla de Camaçari, terem independência, resgatarem sua autonomia e participação mais ativa nas tomadas de decisões. Mesmo porque, as comunidades carecem de alguns requisitos para elevar seu conceito, perante os visitantes, turistas e, principalmente os próprios moradores que serão os maiores beneficiados deste processo, fazendo com que a população da "outra Camaçari" tenha orgulho em habitar essa cidade, pois, sem o atendimento destes, não haverá nenhum avanço de integração. Afinal, aqui também é Camaçari e estamos muito longe da verdadeira integração entre Camaçari e a "outra Camaçari".
 
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